terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mito ou verdade: recarregar a bateria muitas vezes ao dia estraga o aparelho utilizado?

Desvendamos os segredos por trás deste mito que tanto assusta donos de notebooks e smartphones.

Uma das dúvidas mais recorrentes de quem acabou de adquirir um aparelho com baterias recarregáveis está relacionado a formas de prolongar a vida útil do dispositivo. Afinal, ninguém gosta de ver o tempo de carga de seu dispositivo acabando em um ritmo cada vez mais rápido, tornando obrigatório levar um carregador de um lado para o outro.

Infelizmente, quando se trata da manutenção de baterias, o nível de desinformação encontrada é muito grande. Uma simples pesquisa em sites de busca indicam as mais diferentes soluções para prolongar a vida de dispositivos e até mesmo reviver aparelhos dados como mortos.

Mas afinal, será que recarregar constantemente a bateria de meu notebook vai danificar o aparelho? Qual a melhor forma de guardar a bateria reserva de um celular que não será utilizada durante um bom tempo? E é verdade que basta aquecer ou congelar uma bateria para que ela reviva milagrosamente?

São essas e outras perguntas comuns que o Baixaki responde neste artigo. Fique ligado, pois além de desvendarmos os mistérios por traz desses mitos, fornecemos dicas valiosas para manter suas baterias sempre cheias, ao mesmo tempo em que se prolonga a vida útil de aparelhos.
Desvendando o mito

Antes de nos aprofundarmos na forma como baterias funcionam, é preciso responder à pergunta que dá título ao artigo: recarregar constantemente o aparelho, hoje, é o método recomendado pelos fabricantes. Em resumo, realizar diversas recargas antes do término da bateria não vai estragar seus aparelhos.

Dessa forma, quem deixa dispositivos conectados muito tempo à uma tomada não precisa se preocupar em perder desempenho ou com possíveis danos causados pelas constantes recargas.

Vale mencionar que até alguns anos atrás a resposta seria totalmente diferente, devido ao chamado efeito memória, muito comum em aparelhos com mais idade. Antigamente, as bateria utilizadas eram feitas de Níquel-Cádmio, uma tecnologia menos eficiente e que costumava apresentar vários problemas em caso de recargas recorrentes.

O efeito memória funciona da seguinte forma: quando um aparelho era recarregado, a bateria se lembrava da carga inicial e a considerava como o ponto zero. Assim, se você recarregasse o aparelho com 80% da carga, eram grandes as chances de que, em pouco tempo, só fosse possível utilizar os 20% restantes da bateria – o que significa muito pouco tempo de uso e a dependência da conexão com uma fonte de energia externa. Dessa forma, a melhor maneira de prolongar a vida dos aparelhos era sempre recarregá-los somente quando não houvesse mais energia.

Com as baterias baseadas em Íon-Lítio (que equipam praticamente a totalidade dos aparelhos portáteis atuais), o efeito memória desapareceu completamente. Isso significa que não importa se a bateria está com 40% ou 70% de vida – a recarga pode ser feita sem nenhum problema ou perda de desempenho. Inclusive o recomendado é deixá-la o mais próximo da carga total sempre que possível.
Como prolongar a vida da uma bateria de Íon-Lítio

Agora que ficou claro que, em se tratando de baterias atuais, recarregá-las constantemente não apresenta nenhum dano, é hora de falar um pouco sobre como funciona a tecnologia Íon-Lítio. Antes de qualquer outra informação, é preciso saber que baterias do tipo ainda não amadureceram totalmente, e cientistas testam constantemente novas combinações de produtos químicos para aumentar sua eficiência e tempo de duração.

Baterias de Íon-Lítio funcionam através de ciclos de recarga (com média que fica entre 300 a 500 recargas, dependendo do tipo de aparelho utilizado). Cada vez que o dispositivo é descarregado totalmente, perde-se um ciclo de vida útil – em teoria uma bateria do tipo só precisa ser substituída após o usuário descarregá-la totalmente 500 vezes. Ou seja, caso se siga o mesmo procedimento necessário nas baterias de Níquel-Cádmio, em pouco tempo seus aparelhos só funcionarão conectados a uma fonte de energia.

Dessa forma, o ideal é que você recarregue constantemente sua bateria, mesmo que ela ainda possua uma boa quantidade de carga. Portanto, não precisa se preocupar em deixar seu celular com 60% de carga conectado ao carregador meia hora antes de sair de casa – inclusive esse é o tipo de procedimento recomendado pela maioria dos fabricantes.

O problema que pode ocorrer devido à recarga constante dos aparelhos está na exibição do nível de carga. Isso é comum, principalmente em celulares e notebooks, que podem indicar um nível maior ou menor de carga do que aquele realmente disponível. Isso pode ser resolvido de maneira fácil, basta descarregar totalmente a bateria do aparelho para recalibrar o medidor dos dispositivos. O recomendado é que esse processo seja feito uma vez a cada três meses, evitando assim maiores problemas.

Em geral, uma bateria de Íon-Lítio conservada em condições ideais dura entre dois a três anos de uso constante. Isso acontece devido aos processos químicos naturais que acontecem nos dispositivos e que aumentam sua resistência interna devido à oxidação. Eventualmente, a resistência atinge um ponto em que a bateria não é mais capaz de fornecer energia, mesmo que possua carga interna disponível.

Por esse motivo, é comum que baterias durem mais em dispositivos que exigem pouco consumo de energia. Afinal, neles não é preciso que a taxa de transferência de energia seja muito alta, o que possibilita seu uso mesmo quando a resistência interna é muito grande. O aumento da resistência interna é mais comum nas baterias Íon-Lítio que utilizam cobalto em sua composição, caso de smartphones, câmeras fotográficas e computadores portáteis.

Já aquelas baseadas em manganês (utilizadas em ferramentas elétricas, por exemplo) possuem uma carga energética menor, mantendo a resistência interna em níveis estáveis – nesse caso, a perda de vida útil se dá pela decomposição química de elementos internos.
Calor, o grande inimigo das baterias

Agora que você sabe que não é preciso descarregar totalmente um dispositivo antes de recarregar a bateria, deve estar pensando: então não tem problema eu manter um aparelho conectado o tempo toda à tomada e só desconectá-lo na hora de sair de casa, certo? Bom, em teoria sim, mas na prática não é bem o que acontece.

Embora em matéria de ciclos de vida não haja nenhum problema em manter um dispositivo totalmente carregado conectado à tomada, é preciso levar em conta que o fluxo constante de energia tende a aquecer o aparelho. Comprovar isso é uma tarefa muito fácil, especialmente se você possui um notebook – ao comparar a temperatura de um aparelho desconectado a um em processo de carregamento é fácil notar a diferença de temperatura.

Basta lembrar das aulas de química ministradas em qualquer colégio para saber que o calor funciona como um dos mais eficientes catalisadores da natureza. Ou seja, quanto maior a temperatura de uma bateria, maior a velocidade com que ocorrem seus processos químicos naturais - o resultado é um dispositivo que utiliza ciclos de vida em uma velocidade maior do que a normal.

Dessa forma, manter um aparelho conectado constantemente a uma tomada pode significar perder em pouco tempo sua capacidade de recarga, forçando o usuário a investir em uma bateria substituta. Por isso, o recomendado é retirar a bateria sempre que o plano for utilizar o aparelho durante longos períodos conectados a uma fonte de energia – conselho especialmente válido para donos de notebooks. Nessas horas é preciso optar entre o risco de perder dados não salvos em caso de uma queda de energia ou ver a vida útil da bateria diminuir em ritmo acelerado.
Dicas para prolongar a vida útil

Agora que já se tem uma ideia básica de como uma bateria de Íon-Lítio funciona durante o processo de recarga, é possível programar o uso dos aparelhos para obter o máximo de vida útil possível. Note que não há remédio para recuperar baterias desgastadas por processos químicos – em geral, esquentá-las um pouco diminui a resistência interna e permite acessar a energia armazenada, mas basta voltar à temperatura normal para o problema retornar.

Abaixo, seguem algumas dicas simples que ajudam a prolongar o tempo de uso de sua bateria e que evitam ter que substituí-las antes do período programado durante sua produção.
Recarregue constantemente seus aparelhos

A primeira dica tem tudo a ver com o título do artigo: a melhor maneira de manter seus aparelhos saudáveis é recarregá-los constantemente, de preferência muito antes de sequer pensar em acabar a bateria. Além de permitir que você os utilize durante um tempo mais prolongado, o processo evita o desperdício de importantes ciclos de vida.

Porém, lembre-se de que a descarga completa de um dispositivo é necessária para calibrar o medidor de energia de aparelhos. Dessa forma, recomenda-se descarregar totalmente um aparelho a cada três meses, para evitar qualquer tipo de problema nos indicadores. Em geral, esse ritmo é mais do que suficiente para manter a saúde de sua bateria.
Evite o calor a todo custo

Como já foi exposto durante o artigo, temperaturas elevadas são os principais inimigos de sua bateria. Afinal, elas aceleram o processo de desgaste dos dispositivos e podem resultar em acidentes mais graves, como incêndios.

Além de retirar a bateria de um aparelho sempre que ela atingir 100% de carga e uma fonte de energia continuar conectada, evite utilizar o aparelho em espaços pouco ventilados ou deixá-lo armazenado junto a fontes de calor. Assim, você prolonga o tempo de vida da bateria e evita a ocorrência de problemas mais graves que podem por em jogo um dispositivo valioso.
Guarde baterias em um local adequado

Essa dica é especialmente importante para quem mantém uma bateria extra para momentos de necessidade ou precisa armazenar dispositivos durante muito tempo sem uso. Como o circuito de proteção de uma bateria precisa de um pouco de energia para operar corretamente, nunca se deve deixá-la guardada sem carga alguma.

Algumas baterias de Íon-Lítio falham ao ficar muito tempo com a carga mínima, que no geral gira entre 2,5 Volts por célula. Caso esse limite mínimo seja ultrapassado, o circuito de segurança interno deixa de funcionar corretamente e indica que a bateria está morta, situação na qual os carregadores comuns de nada servem. Alguns fabricantes dispõem de alternativas que recuperam dispositivos nesse estado, mas em geral é perigoso tentar fazer o processo sozinho por questões de segurança.

O ideal é que, ao guardar uma bateria, ela esteja com cerca de 40% de sua carga total disponível. Após um determinado período de tempo, é comum que ela perca um pouco dessa capacidade devido ao circuito de proteção – por isso, quando for utilizá-la novamente, o recomendado é deixá-la carregar totalmente antes de utilizar o dispositivo desejado.

Também procure deixá-la em um ambiente arejado, evitando assim qualquer problema de superaquecimento. Afinal, mesmo durante os momentos de repouso de um aparelho os processos químicos de uma bateria continuam agindo de maneira constante – quanto mais amena a temperatura, menor o ritmo com que eles ocorrem e, consequentemente, maior a vida útil total do dispositivo.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

5 previsões tecnológicas da IBM até 2015

Já virou tradição: todo ano a IBM faz previsões de como a tecnologia estará nos próximos cinco anos, apontando as cinco principais inovações do futuro. Depois de internet inteligente e dispositivo para ajudar a guardar suas memórias, este ano é a vez dos hologramas 3D e das baterias que recarregam com o ar.

As previsões da IBM são feitas com base nas pesquisas em desenvolvimento nos laboratórios da empresa e nas tendências emergentes. Algumas previsões não são tão difíceis de se imaginar, pois o “protótipo” delas já faz parte das tecnologias atuais. Outras, no entanto, exigem um pouco mais da imaginação de cada usuário. Confira abaixo o “5 in 5” para 2015 da IBM!

Sensores em todos os cantos

A primeira previsão da IBM diz respeito à utilização de sensores para enviar dados aos cientistas que mostram o desenvolvimento e evolução de um ambiente.

Simples observações, como a primeira vez que nevou em sua cidade naquele ano, ou a primeira aparição de determinada espécie de inseto, podem conter dados ricos em informações para a comunidade científica.

Além disso, dados simples como estes podem permitir que o próprio usuário faça a previsão do tempo para a cidade em que mora. Com informações como essas, os cientistas podem criar modelos de mudanças climáticas mais precisos.

Hologramas 3D

Nos próximos cinco anos, alguns sonhos da ficção científica serão realidade, como os hologramas, vistos em muitas produções do cinema. Aperfeiçoando a tecnologia 3D as pessoas poderão interagir com hologramas de amigos e familiares projetados a partir de celulares.

Seremos capazes de andar lado a lado na rua com pessoas que estão do outro lado do mundo, trabalhar cara a cara com colegas que estão em lugares diferentes e interagir com imagens e vídeos da internet.

Bateria que respira

O avanço tecnológico de baterias e transistores permitirá que os dispositivos portáteis sejam usados por muito mais tempo sem que seja preciso recarregar a bateria. Alguns aparelhos serão capazes de "respirar" oxigênio e transformá-lo em energia para o seu funcionamento.

Além disso, talvez seja possível eliminar completamente as baterias tradicionais dos pequenos eletrônicos, que funcionarção apenas com estática. Dessa forma, para garantir o funcionamento dos aparelhos por longas horas, bastaria esfregá-lo em na manga da blusa ou em algum material que produza estática, como o cabelo.
Computadores para aquecer água

Não há como negar que os computadores dissipam uma grande quantidade de calor. Infelizmente, quase toda essa energia térmica produzida é perdida, sendo enviada diretamente para a atmosfera. A ideia da IBM é que o calor liberado pelas máquinas seja “coletado” por um dispositivo próprio e utilizado como aquecedor para ambientes e água durante o inverno. No verão, toda essa energia térmica poderia ser convertida em eletricidade a fim de abastecer as residências.

Sistemas de trânsito adaptáveis

No futuro, usar o trânsito como desculpa para chegar atrasado ao trabalho pode não ser mais uma boa ideia. Isso porque a quinta previsão da IBM traz a ideia de sistemas de trânsitos adaptativos às necessidades de cada pessoa.

Utilizando uma nova tecnologia, os GPS inteligentes serão capazes de indicar rotas alternativas para o motorista caso algum acidente aconteça no caminho que o usuário está fazendo. Isso, é claro, com um tempo de resposta muito pequeno.
A ideia é que a nova tecnologia seja capaz de prever congestionamentos com base em informações como condições climáticas, acidentes, construções, dia da semana, hora do dia e grandes eventos acontecendo na cidade. Isso certamente mudará a forma com a qual as pessoas se locomovem.

Vi no: http://noobnopc.blogspot.com/2010/12/5-previsoes-tecnologicas-da-ibm-ate.html